Sem repostas para assassinato de Herus Guimarães e com caos na segurança, Cláudio Castro desiste de governar – Por Professor Josemar
Mais uma vez nesta semana o Rio de Janeiro viveu momentos de caos na segurança. É um tema recorrente nas manchetes dos veículos de comunicação, seja qual for o dia. Aqui convido todos a tentarem lembrar desde quando não temos outra realidade.
11 jun 2025, 16:57 Tempo de leitura: 2 minutos, 49 segundos
Mais uma vez nesta semana o Rio de Janeiro viveu momentos de caos na segurança. É um tema recorrente nas manchetes dos veículos de comunicação, seja qual for o dia. Aqui convido todos a tentarem lembrar desde quando não temos outra realidade. Talvez alguma área nobre tenha privilégios de acordar, ou dormir, sem som de tiros, polícia com pé na porta da residência, helicóptero sobrevoando a metros do seu telhado, esculacho de todas as ordens; pais, mães, trabalhadores, estudantes, filhos, assassinados. A insegurança é o cotidiano em casa ou nas ruas, incluindo nos transportes públicos. Vivemos no desgoverno com nome e sobrenome: Claudio Bonfim de Castro e Silva. Ou somente Claudio Castro, aquele que vergonhosamente está de saída do cargo, faltando mais de um ano para o fim do seu mandato.
No início da semana, em função da ação criminosa do Bope na comunidade Santo Amaro, no Catete, que resultou no assassinato do jovem Herus Guimarães, encaminhei ofícios à Secretaria de Estado de Segurança e ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Precisamos de respostas dessas autoridades sobre o plano de redução da letalidade policial exigido pela ADPF 635 e ignorada pela polícia do desgoverno Cláudio Castro.
É inaceitável que autoridades desrespeitem decisões judiciais e protocolos da própria corporação. Por qual motivo aquele grupo de policiais decidiu entrar na comunidade em meio a uma festa? Qual o plano de redução da letalidade do estado? Quais medidas serão adotadas para investigar e punir os responsáveis pela operação, incluindo o assassinato do Herus e as assistências aos demais feridos?
Lembramos que a morosidade deixa as famílias vítimas da violência do Estado no desamparo, sem respostas. A Justiça não é feita o que incrementa a sensação de impunidade que favorece os criminosos. O assassinato de João Pedro já faz cinco anos. O da Katlen Romeu tem quatro anos e o da menina Ágatha foi em 2019. São todos jovens das periferias que para grande parte da sociedade pouco importam.
A política do Estado é de enxugar gelo. Atua ostensiva e violentamente contra as comunidades, desconhecendo o mínimo de respeito. Humilha os corpos negros, como fez com a exposição midiática do MC Poze do Rodo e fica subserviente quando os acusados de crimes são das elites.
A classificada manhã de caos no Rio, com a megaoperação policial no Complexo do Israel, Avenida Brasil e Linha Vermelha, que foram interditadas, é consequência dessa falta de inteligência policial. A população fica acuada. Enquanto isso, o desgovernador Cláudio Castro vai passear por dez dias nos EUA com a família feliz e, na volta, nem esquenta o lugar e já embarca para Lisboa.
Apesar dele não querer mais governar, segue usufruindo as benesses do cargo. Portanto, é meu papel como parlamentar cobrar que trabalhe e exigir repostas. Cobrar ações que resultem em medidas eficazes para a segurança da população.
Até quando, Cláudio Castro, você seguirá nessa ineficiente linha que privilegia confronto, gera mortes e pânico com uma política de segurança pública racista que, há décadas, se mostra ineficiente e promove um verdadeiro genocídio de nossa juventude negra?
Chega desse governo!#ForaCastro