Deputado Prof. Josemar (PSOL) defende federalização imediata da Lei Vini Júnior, contra racismo nos estádios e arenas esportivas
O deputado Prof. Josemar (PSOL) defendeu a urgência na federalização da Lei Vini Júnior, de sua autoria, para combater o racismo nos estádios de futebol e arenas esportivas.
5 maio 2025, 18:14 Tempo de leitura: 2 minutos, 18 segundos
O deputado Prof. Josemar (PSOL) defendeu a urgência na federalização da Lei Vini Júnior, de sua autoria, para combater o racismo nos estádios de futebol e arenas esportivas. O parlamentar voltou a se manifestar em função do caso do jogador Allano, do Operário-PR, vítima de racismo por parte do jogador Miguelito, durante a partida contra o América-MG neste fim de semana, em Ponta Grossa, no Paraná.
“Temos que expandir a Lei para todo o país. Felizmente vemos que nesse caso o árbitro seguiu os protocolos que a CBF adotou, usando como referência a Lei Vini Júnior que é de nossa autoria aqui no Rio de Janeiro, e que já está para completar um ano.”, afirmou Prof. Josemar.
O protocolo previsto na Lei Vini Júnior prevê um conjunto de medidas de conscientização e chega à intervenção das partidas, como ocorreu nesse fim de semana, caso ocorra algum ato racista. Segundo Prof. Josemar, é importante destacar o passo a passo desse protocolo, que inclui a identificação do autor do ato racista, a identificação de multidão e avisos sonoros que explicam o ocorrido e, caso persista a paralisação da partida. No caso desse fim de semana o jogador Miguelito chegou a ser preso por injúria racial antes de ser liberado.
A Lei Vini Júnior, afirma, é um instrumento para combater o racismo no esporte. Para Josemar, o esporte é um elemento da cultura de massas e espaço para combater o racismo na sociedade.
Federalização
Prof. Josemar é otimista quanto à possibilidade de federalização da Lei Vini Júnior e defende a proposta apresentada no Congresso pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL):
“É uma proposta de lei apresentada a nível federal inspirada na nossa. Está inclusive nos anais da justificativa a nossa lei e que ela avançando para fazer um debate nacional. Nós vamos ter mais autoridade para debater. Debater dentro do Brasil, mas também para debater em competições internacionais, como é o caso é da Libertadores. “Nós aprovamos a lei diante dos fatos que aconteceram com o Vini Júnior na Europa, ele deu visibilidade internacional, mas aqui no Brasil e em toda parte do mundo os casos se repetem. Temos que estar atentos na denúncia e na criminalização.
Quanto às resistências dos setores mais conservadores, ligados ao pensamento de extrema direita que não vê na questão racial uma temática importante, Prof. Josemar contrapões com o enfrentamento.
“O racismo é crime e precisa ser tratado como crime. Não é um tema pontual. Não é um tema de minoria. Os negros precisam ser valorizados e respeitados. Temos que botar os racistas na lixeira de onde nunca deviam ter saído.”