TCE aponta que tarifa do metrô, hoje a R$ 7,50, deveria ser de R$ 5,80. Essa é a resposta à representação protocolada por Prof. Josemar
O carioca poderia estar pagando passagem mais barata se o índice usado para o aumento fosse outro
9 dez 2024, 14:47 Tempo de leitura: 1 minuto, 23 segundosO carioca paga a passagem de metrô mais cara do Brasil, no valor de R$ 7,50, mas, segundo estudos preliminares do TCE, poderia estar gastando apenas R$ 5,80 (23% inferior ao valor atual). O órgão reconheceu indício de irregularidade no aumento passagem do metrô no Rio em resposta à representação protocolada pelo deputado estadual Professor Josemar (PSOL) apontando irregularidades no reajuste de abril passado. Agora, o órgão está pedindo informações sobre o aumento à AGETRANSP e à Secretaria de Transportes.
A passagem subiu, em abril passado, de R$ 6,90 para R$ 7,50. O deputado questionou o reajuste calculado pelo pico do IGP-M e, em seguida, pelo pico do IPCA.
Em resposta à representação do deputado estadual professor Josemar (PSOL) em face da AGETRANSP, o Tribunal de Contas chegou à conclusão de que se fosse utilizado o índice correto de reajuste da tarifa de metrô, considerando os efeitos da alteração dos índices na pandemia COVID-19, a tarifa básica estaria hoje em R$ 5,80 em vez do valor R$ 7,50. O TCE encaminhou pedido à AGETRANSP para se manifestar sobre os cálculos para o acréscimo.
Para o TCE, a alteração do índice de reajuste IGP-M para o IPCA, da forma, nas circunstâncias e no momento em foi realizada, aumentou indevidamente a tarifa do metrô.
“A título exemplificativo, caso a alteração do IPCA tivesse ocorrido tempestivamente em substituição ao IGP-M, que sofreu um descolamento extraordinário durante a pandemia de Covid-19, os reajustes tarifários de 2021 a 2024 teriam sido todos pelo IPCA e resultariam em uma tarifa de R$ 5,81, um valor que seria, hoje, 23% inferior ao valor atual de R$ 7,50”, diz parte do relatório do TCE.