Deputado Prof. Josemar (PSOL) oficiará Sesc e Prefeitura de Petrópolis contra censura a obra de artista em Itaipava

O deputado estadual Prof. Josemar (PSOL) oficiará o Sesc e a Prefeitura de Petrópolis para reverter a censura à obra do artista Matheus Rib, batizada como “Kilombo Aldeia”, que foi retirada de exibição pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) do município.

28 jul 2025, 14:12 Tempo de leitura: 1 minuto, 59 segundos
Deputado Prof. Josemar (PSOL) oficiará Sesc e Prefeitura de Petrópolis contra censura a obra de artista em Itaipava

Fonte: Matheus Ribs. A obra assinada pelo artista Matheus Ribs, substitui a expressão "Ordem e Progresso" por "KilomboAldeya".

A obra de Matheus Rib foi retirada de exibição durante o Festival de Inverno do Sesc (Petrópolis).

O deputado estadual Prof. Josemar (PSOL) irá oficiar o Sesc e a Prefeitura de Petrópolis para reverter a censura à obra do artista Matheus Rib, batizada como “Kilombo Aldeia”, que foi retirada de exibição pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) do município.

O fato aconteceu no último sábado, dia 26, durante o Festival de Inverno do Sesc, o painel estava montado no Parque de Exposições de Itaipava. O parlamentar também disse que colocará a Comissão de Combate às Discriminações da Alerj, da qual é o presidente, à disposição para apoiar o artista.

“É um absurdo o que aconteceu neste final de semana no Festival de Inverno do SESC em Petrópolis. A repressão da Guarda Civil Municipal de Petrópolis ao jovem artista Matheus Rib não tem fundamento jurídico e legal. Sua obra de arte exibia nas letras da bandeira nacional, as palavras “Kilombo Aldeia”. Foi utilizada uma lei da ditadura, de 1971, extinta na Constituição de 1988, para proibirem a manifestação artística.”

O trabalho faz uma releitura da bandeira nacional onde substitui a frase “ordem e progresso” por “Kilombo Aldeya”, Matheus falou ao jornal Brasil de Fato no último sábado, dia de abertura da exposição, que foi comunicado por um funcionário do Sesc de que a GCM esteve no local com um “suposto alvará e alegava que a obra descaracterizava o patrimônio nacional”. O artista ainda relatou que foi o próprio Sesc que o convidou para expor o trabalho e não prestou amparo jurídico ou apoio para publicação de uma nota conjunta sobre o ocorrido.

“A obra pretende fazer uma demarcação dos territórios e discutir a memória do Brasil. Repensar a ideia do país a partir desses territórios, não da história colonial. A obra faz um contraponto, revela um outro projeto de Brasil”.

O deputado Prof. Josemar afirmou que a sociedade precisa reagir:

“Não podemos aceitar tamanha barbaridade. O Brasil pertence aos brasileiros. Nossos símbolos, nossa cultura, têm que incorporar os povos oprimidos nos últimos 500 anos. O jovem artista destacou os indígenas e o quilombolas em sua obra. Coloco à disposição o meu mandato como deputado estadual para apoiá-lo.”