Movimento Negro Unificado (MNU) receberá Medalha Tiradentes, por iniciativa do deputado Prof. Josemar, nesta quinta-feira, 26

Na próxima quinta-feira, dia 26, o Movimento Negro Unificado (MNU) receberá a Medalha Tiradentes, por iniciativa do deputado estadual Prof. Josemar (PSOL/RJ). A condecoração é a principal concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

23 jun 2025, 21:01 Tempo de leitura: 4 minutos, 30 segundos
Movimento Negro Unificado (MNU) receberá Medalha Tiradentes, por iniciativa do deputado Prof. Josemar, nesta quinta-feira, 26

Na próxima quinta-feira, dia 26, o Movimento Negro Unificado (MNU) receberá a Medalha Tiradentes, por iniciativa do deputado estadual Prof. Josemar (PSOL/RJ). A condecoração é a principal concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). No mesmo dia personalidades da luta antirracista e do movimento negro, receberão o diploma Marta Almeida, que homenageia Marta Carmelita Bezerra de Almeida, ativista do MNU, desde os 14 anos e defensora das mulheres e na luta por igualdade e justiça racial. A sessão solene ocorrerá às 17 horas na Elerj, no 2º andar da Rua da Ajuda, 5.

O Prof. Josemar afirma que a medalha reconhece o papel fundamental do MNU na defesa de uma sociedade que garanta à população negra equidade política, econômica, social, educacional e cultural. Em seus 47 anos de existência, o MNU construiu uma história de combate ao racismo e de acolhimento à população negra. É uma entidade que ajudou a construir uma nova visão de Brasil. Tem papel decisivo no combate às discriminações de raça, gênero, classe e outros marcadores sociais de opressão. Está na linha de frente no letramento racial, ajudando uma parcela cada vez maior da sociedade a entender o que é o racismo, como se manifesta e como combatê-lo.

O parlamentar destaca a importância do diploma Marta Almeida, que faleceu aos 44 anos de idade em 13 de setembro de 2023.

“É um personagem que devemos reverenciar. Sua dedicação ao movimento negro e sua tenacidade ao ajudar as pessoas a construírem um mundo mais justo e igualitário.”

Na solenidade o MNU será representado pelo coordenador estadual, João Batista e, entre os homenageados com diploma Marta Almeida, estão entidades como a Escola de Samba Vizinha Faladeira, o Afoxé Filhos de Gandhi/RJ, a Casa Tia Ciata, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), o Movimento de Mães e Familiares de Vítimas da Violência Letal do Estado e Desaparecidos Forçados e o Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro (Femnegras). Entre as personalidades estão o professor Flávio Gomes, Maria Soares (Dona Santa), Marcelo Dias e Ruth Pinheiro.

O Movimento Negro Unificado (MNU) é uma das mais importantes organizações do Brasil e foi fundado em 18 de junho de 1978. Atua na denúncia de desigualdades, propõe políticas públicas, fortalece a identidade negra e reafirma seu papel histórico, cultural e social na formação do país. Na luta antirracista avança nas discussões e apresenta pautas relacionadas à educação, comunicação, saúde, habitação, justiça, direito à memória, política e na produção de dados e pesquisas sobre a população negra. 

Foi um dos atores nos processos de inclusão do item cor/raça no censo do IBGE, o que possibilitou traçar o perfil étnico racial da população brasileira. Tem ação fundamental para a construção de indicadores e formulação de políticas públicas. Participou das discussões e implementação de políticas de ações afirmativas, com destaque à Lei de Cotas em universidades e concursos públicos, assim como na proposição das leis 10639/23 e 11.645/2008, que incluíram nas diretrizes e bases da educação nacional a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede de ensino.

O MNU teve papel de destaque também na instituição do Dia 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra; no reconhecimento e luta da população quilombola; nos debates sobre a Constituição de 1988 e nas lutas e mobilizações internacionais contra o racismo. Pressionou para a Constituição reconhecer o racismo como crime inafiançável e na desconstrução da falácia do mito da democracia racial. Atuou pela garantia dos direitos territoriais e culturais dos quilombos. Foi presente no debate da Lei de Cotas e na criação de bolsas de permanência dos alunos nas escolas e universidades e foi imprescindível na popularização do movimento negro em todo o país.

A fundação do MNU – inicialmente Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNUCDR) decorreu da união de movimentos sociais que se uniram em resposta ao racismo sofrido por quatro garotos negros do time infantil de voleibol do Clube de Regatas Tietê e pela prisão, tortura e morte de trabalhador Robson Silveira da Luz, torturado no 44º Distrito de Guainases sob acusação de roubar frutas numa feira. Os dois fatos em São Paulo. Em julho de 1978 um grande ato público nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, decidiu pela criação da entidade.

Participaram da reunião de criação a Câmara de Comércio Afro-Brasileira, o Centro de Cultura e Arte Negra, a Associação Recreativa Brasil Jovem, a Afrolatino América, a Associação Casa de Arte e Cultura Afro-Brasileira, a Associação Cristã Beneficente do Brasil, o Jornegro, o Jornal Abertura, o Jornal Capoeira, a Company Soul e a Zimbabwe Soul. 

Serviço

Evento: Entrega da Medalha Tiradentes ao Movimento Negro Unificado (MNU) pelo mandato do deputado Prof. Josemar (PSOL)

Local: Alerj – auditório, 2º andar

Data : 26 de junho, quinta-feira

Horário : 17h

Assessoria de Imprensa: Ivan Accioly (21-99226-8999) – ivan@iaacomunicacao.com.br Natalie Vitorino – (21-99418-3952) – natioflu@gmail.com