Na tarde desta terça-feira, dia 18, o deputado estadual Prof. Josemar (PSOL) voltou a defender no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a redução dos preços das passagens do Metrô Rio, a mais cara do Brasil, e protagonizou uma discussão com o deputado Rosenverg Reis, irmão do secretário de transportes do estado, Washington Reis. Prof.Josemar cobrava a anunciada redução que ainda não foi concretizada.
Segundo o deputado, o governador Cláudio Castro e Washington Reis travam uma disputa eleitoral em torno do tema para enganar a população. No mês passado o secretário chegou a anunciar a redução, mas foi desmentido e desautorizado por Cláudio Castro. Prof. Josemar criticou ambos e disse que a passagem é uma questão séria e que não é possível brincar com a população.
O parlamentar diz que seu mandato está nas ruas em defesa da redução dos preços das passagens desde o ano passado e já conta com um abaixo assinado com mais de 40 mil assinaturas. Além disso, atuou junto ao Tribunal de Contas do Estado e da Justiça para redução. No dia 9 de abril realizou uma audiência pública com especialistas e autoridades, quando uma série de medidas foram definidas para dar prosseguimento à campanha pela redução das tarifas. Naquele momento de pressão popular mobilizada pelo mandato e que repercutia na imprensa, o secretário de transportes, falou em subsidiar as passagens. Mas, para piorar a situação, na mesma semana autorizou o aumento de R$7,50 para R$7,90.
Prof. Josemar lembrou que a proposta de redução da passagem para R$5,80, segue orientações de estudo do TCE e questionou os critérios que levaram ao valor atual de R$ 7,90. Além disso, defendeu a revisão do índice utilizado nos reajustes autorizados pelo governo estadual. Hoje a população paga R$2,10 a mais em cada passagem. Para ir e voltar do trabalho, por exemplo, são R$4,20 extras por dia.
Sobre os subsídios explicou:
“Temos que ter claro que a redução para R$4,70 é ótima. Quanto menos a população pagar, melhor. Se pudermos chegar à tarifa zero, melhor ainda. Mas precisamos ter honestidade na definição do valor cheio da passagem. Não pode ser a bagunça atual com esse preço absurdo de R$7,90. Isso, porque o subsídio, ou seja, a diferença entre o preço que será cobrado do usuário e do valor cheio, continuará saindo dos bolsos da população. Será dinheiro que poderia ser investido em saúde, educação, segurança, no próprio setor de transportes, que irá para a empresa exploradora do serviço. Castro, Reis e seus ventríloquos, não querem explicar essas questões. Mas não me calarei. Quero respostas e respeito com a população do Rio de Janeiro. Continuarei cobrando.”
