Lideranças religiosas antirracistas são homenageadas na Alerj pelo deputado Prof. Josemar no Abril Verde
Diferentes lideranças religiosas foram homenageadas nesta terça-feira, dia 29, em cerimônia realizada em comemoração ao Abril Verde pelo mandato do deputado Prof. Josemar (PSOL), presidente da Comissão de Combate às Discriminações da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
30 abr 2025, 18:33 Tempo de leitura: 3 minutos, 3 segundos
Diferentes lideranças religiosas foram homenageadas nesta terça-feira, dia 29, em cerimônia realizada em comemoração ao Abril Verde pelo mandato do deputado Prof. Josemar (PSOL), presidente da Comissão de Combate às Discriminações da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Os contemplados, segundo o parlamentar, têm histórico de enfrentarem “com coragem, o racismo e a intolerância religiosa.” O evento contou com um debate sobre estratégias de enfrentamento às discriminações raciais e à garantia da liberdade de crença.
Participaram representantes de movimentos políticos empenhados no combate ao racismo e à intolerância contra as religiões de matrizes africanas, como a Umbanda e o Candomblé. Segundo o parlamentar existem muitos desafios quando se fala da intolerância religiosa e do racismo religioso.
“Quando falo nós é porque acredito que é uma pauta de todos. Se estamos hoje em uma casa legislativa, com um deputado negro e com possibilidade de avançar nas pautas, é porque muita gente fez algo antes de nós. Quem é de Axé, diga que é. Quem é de Saravá, diga que é, porque é importante reafirmar a todo momento a nossa existência!”
A mesa de debates contou com as presenças e Silvana da Silva- Ilê da Oxum Apará; Luciana Motta, defensora pública e representante da Coopera (Coordenadoria da Promoção e da Equidade Racial) e Kinny Kayode, da Comissão de Combate ao Racismo da OAB de São Gonçalo.
A importância das casas religiosas de matriz africana como espaços de memória da população negra foi defendida por Silvana da Silva.
“Queria também deixar reforçado que nós brasileiros somos provenientes de povos dotados de ampla cultura e que não somos descendentes de escravos! Por isso defendo tanto a importância dos espaços, dos terreiros e das casas de umbanda e candomblé.”
A defensora pública Luciana Motta disse que sua atuação é feita com um olhar para aqueles que tentam a todo momento serem apagados diante a sociedade.
“Atuamos em casos individuais e coletivos, como os racismos e intolerâncias que ocorrem nas escolas e muitos têm medo até de denunciar. Trabalhamos em prol dos terreiros e centros de umbanda, candomblé e comunidades quilombolas que sofrem tanto com o racismo ambiental.”
Kinny Kayode defendeu a união da educação com as pautas que tratam das questões religiosas, principalmente das religiões de matriz africana.
“A sensação que me dá é de que, apesar de já termos passado por diversas transformações na lei e por tanto tempo que já se passou a escravidão, mesmo assim, é como se a nossa história não fizesse parte do Brasil. Como se todas as violências e crueldade que passamos não tivesse existido. A todo momento tentam apagar a nossa cultura e existência. A fé que eu tenho é na educação. Quando eu fecho os olhos e acredito em algo, é na educação que eu consigo acreditar como ferramenta principal para mudarmos a intolerância religiosa e o racismo.”
O deputado Prof. Josemar reforçou a dedicação do mandato nas ações de combate e conscientização à intolerância religiosa e disse que está sempre atento.
“O mandato estará de portas abertas para qualquer denúncia de intolerância e racismo religioso. Estaremos presentes e podem ter certeza de que vocês não estão sozinhos. Seguimos firmes na construção de uma sociedade que respeite as crenças de matrizes africanas e combata o ódio com coragem e dignidade”.
Veja na TV Alerj a íntegra do encontro em https://youtu.be/y7I2mSlXafE