Mandato do deputado Professor Josemar pede suspensão do aumento da tarifa do Metrô Rio
O mandato do deputado Prof. Josemar (PSOL) oficiou a Agetransp e a Secretaria de Estado de Transportes com solicitação de suspensão do aumento da tarifa do metrô, marcada para este sábado, dia 12.
11 abr 2025, 22:16 Tempo de leitura: 3 minutos, 38 segundos
O mandato do deputado Prof. Josemar (PSOL) oficiou a Agetransp e a Secretaria de Estado de Transportes com solicitação de suspensão do aumento da tarifa do metrô, marcada para este sábado, dia 12. O encaminhamento foi recomendado pela Comissão de Transporte da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a partir da audiência pública sobre o tema realizada no dia 9. A passagem passará de R$ 7,50 para R$ 7,90, um aumento de 5,33%. O objetivo é defender os usuários do transporte metroviário e evitar possível lesão ao patrimônio público, com o pagamento a maior de subsídio.
A audiência pública, para debater sobre o novo aumento da tarifa do Metrô Rio, contou com a participação de diversas entidades e órgãos públicos, como o Fórum de Mobilidade Urbana, Movimento Metrô Justo, a Agetransp, Setrans e Defensoria Pública, entre outros.
Licínio Rogério, do Fórum de Mobilidade Urbana, defendeu transporte gratuito para todos. “Não quero redução de tarifa, não quero tarifa”. Ele afirmou que o Metrô Rio trata a população com descaso total e disse que é necessária a integração entre os diferentes modais. Sobre a Agetransp como agência reguladora, afirmou que o órgão “não funciona, é lento e burocrático.” Apontou ainda que o Conselho Estadual de Transportes não se reúne desde agosto de 2022.
Rafaela Albegaria, do Observatório do Trem, afirmou que o transporte consome mais de 50% do rendimento médio do trabalhador fluminense. Reclamou da falta de transparência do sistema que leva a ninguém saber quanto custa a operação do Metrô. Afirmou que não há fiscalização e que a Agetransp e a Setran apenas referendam o que as concessionárias decidem. Para ela o sistema de transportes tem o poder de induzir a atividade econômica nas regiões e deveria ser mais bem estruturado.
A representante do Movimento Metrô Justo, Vitoria Rodrigues, questionou a qualidade dos serviços prestados, incluindo o tempo excessivo gasto nos sistemas de transporte da cidade.
Na mesma linha, a deputada Marina do MST (PT) disse que os trabalhadores dão ao capital quatro a cinco horas do tempo de vida em seus deslocamentos. Afirmou que a população sofre com resultados das privatizações e descaso do governo do estado. Ela listou uma série de propostas, entre elas a tarifa zero, o emprego de transporte público não poluente, a organização de um Sistema Único de Mobilidade (SUM) e a reorganização do sistema de governança metropolitana. Já o vereador Rick Azevedo (PSOL) defendeu a mobilização popular, com pressão nas ruas para resolver os problemas de mobilidade levantados. Revelou tristeza pela total falta de consideração pela população por parte das autoridades e empresas envolvidas. “Necessário organizar o ódio, a revolta, organizar e tomar as ruas e enquadrar esse sistema que não está nem aí para a população.”
Um dos líderes do movimento Movimento Negro Unificado (MNU), Anderson Rocha, apontou o descaso que a população enfrenta. “Meu sentimento é de desrespeito tanto com a resposta da secretaria de transporte, quanto com a Agetransp. Porque não teve uma justificativa para esse valor que pagamos hoje, imagina para um aumento.”
O deputado Prof. Josemar criticou o posicionamento da Setram e da Agetransp e disse que a argumentação apresentada na audiência não o convenceu e não era a resposta que a população merecia.
“Eu não obtive resposta da agência. O que eu recebi foi uma omissão! O serviço da Secretaria de Transporte deve ser a serviço do povo e os contratos devem ser ajustados de uma forma que atenda as necessidades dos cariocas, que hoje seguem pagando a passagem mais cara do Brasil. Nós iremos às ruas e a nossa luta não vai parar!”
No último dia 15, o TCE deu razão ao mandato do deputado Prof. Josemar, no que se refere a irregularidades na atual tarifa, com prejuízo aos usuários e determinou o prazo de 30 dias para que a Agetransp e o Metrô Rio dessem uma resposta sobre o novo reajuste.
O mandato segue coletando assinaturas através do link: https://profjosemarpsol.com.br/pela-reducao