Justiça dá 72 horas para Metrô Rio e Agetransp explicarem o aumento da passagem para R$ 7,90

A Justiça do Rio determinou na última sexta-feira (21), que o Metrô Rio e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias (Agetransp) se pronunciem, em até 72 horas, sobre o reajuste da tarifa previsto para entrar em vigor no dia 12 de abril. A decisão atende a uma ação popular movida pelo deputado estadual Professor Josemar (PSOL), que pede a suspensão do aumento da passagem de R$ 7,50 para R$ 7,90.

Na decisão, a juíza Mirela Erbisti, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital, considera a argumentação do parlamentar e determina que as empresas se manifestem sobre o pedido de suspensão do aumento da tarifa até que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) conclua a análise do reequilíbrio financeiro do contrato e a readequação do índice de reajuste tarifário.

O parlamentar indica que atualmente o Metrô Rio é o mais caro do país. E a situação vai piorar, pois Agetransp autorizou o aumento de 5,33%, que, se aplicado, elevará o preço para R$ 7,90. Ele argumenta que um relatório do TCE aponta que a tarifa do Metrô Rio deveria ser R$ 5,80, e não os R$ 7,50 cobrados atualmente. Ele explica que os reajustes da tarifa deveriam ser com base no IGP-M, porém é empregado o IPCA, 28% mais caro. “Esse valor atuar leva a população carioca a gastar R$ 330,00 mensais só de passagem ida e volta no Metrô. Isso limita e onera indevidamente o direito de ir e vir da população e ainda por um serviço que está longe de ter a qualidade que desejamos.”

O deputado tem trabalhado pela redução dos preços e organizou um abaixo assinado (https://profjosemarpsol.com.br/pela-reducao/), que conta com mais de dez mil assinaturas. Na semana passada organizou o Dia D da campanha pela redução dos preços das passagens, com manifestações nas portas de seis estações do Metrô.