Estudante de São Gonçalo quase perde vaga de cota racial na UFF por falha em áudio
Jovem pediu apoio à Comissão de Combate às Discriminações, presidida pelo Prof. Josemar
29 abr 2024, 14:05 Tempo de leitura: 1 minuto, 31 segundosA Comissão de Combate às Discriminações da Alerj recebeu o jovem Allan Pinto Ignácio, estudante selecionado pelo sistema de cota racial para cursar jornalismo na Universidade Federal Fluminense (UFF), porém, considerado pela banca constituída para verificar cor e raça.
O grande problema, neste caso, ocorreu porque a banca de heteroidentificação fez o reconhecimento on-line, por vídeo, embora já tenha uma orientação da Justiça para ser presencial. O áudio do jovem falhou no momento em que se apresentou na gravação do vídeo.
O presidente da Comissão de Combate às Discriminações, deputado estadual Professor Josemar (PSOL), acionou o jurídico que entrou com recurso na 5ª Vara Federal de São Gonçalo requerendo a reativação da matrícula do estudante. A Justiça concedeu liminar determinando que a UFF procedesse a matrícula no curso em que Allan foi aprovado.
As aulas começaram em 18 de março. Allan aguarda agora a convocação da universidade para frequentar as aulas.
“Foi um sonho que realizei, mas quase perdi”, disse o estudante de São Gonçalo.
O deputado Professor Josemar explicou que a Comissão atua pelas garantias de direito, recebendo e acompanhando denúncias de preconceito e discriminação racial, etnia, religião e xenofobia.
“Há casos em que a pessoa não sabe qual é o caminho para começar a agir. A situação do jovem negro Allan e a banca de identificação é emblemática. Quando ele procurou a comissão, não sabia como proceder e estava desesperado com a decisão da banca de torná-lo inapto para uma vaga na UFF, apesar de ter passado nas outras etapas. Nosso jurídico teve pouco prazo, mas deu tempo para obter a liminar”, disse o deputado estadual Professor Josemar.